O Cirque du Soleil é espetacular. Todos sempre disseram e dizem isso. "Exagero", eu pensava. Mas se há algo no mundo artístico que mereça ser considerado espetacular, eis o merecedor. Agora faço parte daqueles ''exagerados''.
A oportunidade de assistir à um espetáculo do circo (chamado Quidam) surgiu, e, de cara aceitei. Ao chegar, já foi possível perceber que se trata de algo sem igual. A infraestrutura salta aos olhos. Nem parecia Brasil! O preço dos ingressos, elitiza, e muito, a plateia, e esta acaba representando uma fatia muito pequena, e pouco representativa, dos que aqui vivem. Uma pena.
Mas já no início do primeiro ato, nada disso importa. O senhor mais velho presente parece ter o mesmo brilho no olhar que a criança que está indo ao circo pela primeira vez. Brilho esse também presente nos olhos daquele que vos escreve, completamente encantado com aquilo que vê. Malabarista após malabarista, acrobata após acrobata, palhaço após palhaço: cada um mostrando mais talento que o outro. O nível daqueles que se apresentam no picadeiro é conhecido por qualquer um. Eles são garimpados ao redor do mundo, e a certeza de ter visto os melhores saiu comigo de lá.
Como deve ser recompensador nascer com o dom daquele palhaço, que pos um sorriso em cada boca e tirou gargalhadas de todos, sem excessão, que estavam lá. Como deve ser prazeroso ter a força física e a elasticidade de um acrobata, que por algumas frações de segundo nos encheram de apreensão, e esta logo depois era substituída pela euforia.
Mas nada disso seria tão impactante e marcante não fosse toda a produção que existe para a realização do espetáculo. As cores, as luzes, o som... tudo em perfeita sintonia para que a plateia imersasse na história que há por trás das piruetas.
Repito: Espetacular.
Voltarei sempre que puder (leia-se "outro convite surgir").
